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Igreja versus Extraterrestres


No mesmo dia em que João Paulo II acabou por falecer, a Lusa publicou uma interessante notícia baseada na tese de doutoramento do, já aqui falado, professor Joaquim Fernandes, um dos principais nomes da ovnilogia portuguesa. Aqui vos deixo então a notícia da Lusa na íntegra:

Igreja foi grande precursora na defesa de vida fora da Terra - investigador

Porto, 02 Abr (Lusa) - O professor universitário do Porto Joaquim Fernandes defende que a Igreja Católica foi quem mais advogou a existência de vida extraterrestre e de outros planetas habitados.

Esta é uma das conclusões da tese de doutoramento de Joaquim Fernandes, aprovada por unanimidade pela Faculdade de Letras do Porto e a primeira da Europa que aborda a visão histórica do Ocidente sobre a existência de outros mundos habitados.

Segundo o investigador, contactado pela Lusa, já no século XIII os bispos católicos, numa reunião em Paris, aceitavam que a existência de um único planeta habitado, a Terra, punha em causa o poder ilimitado de Deus.

Mais tarde, enquanto queimava estudiosos por defenderem que a Terra girava em torno do Sol, a mesma Igreja Católica continuava a aceitar que muitos outros mundos poderiam existir, habitados mesmo por seres que em nada se pareceriam com os terrestres.

O dogma de um Adão feito à imagem e semelhança de Deus caía assim por terra, face à aceitação, por numerosos teólogos, investigadores católicos e clérigos, de que os extraterrestres não precisavam de se assemelhar aos humanos.

"No século XVII, logo no arranque da Modernidade, a grande tese em debate era a da pluralidade dos mundos, discutindo-se não tanto a existência de extraterrestres mas sim se eles eram da linhagem adâmica [descendentes de Adão] ou se teriam características completamente distintas", refere Joaquim Fernandes.

"Em Portugal, nomes de religiosos como o jesuíta Inácio Monteiro ou o oratoriano Teodoro de Almeida aceitavam a existência de outros mundos habitados", afirmou o professor que, no entanto, chamou a atenção de que, nessa época, "a Igreja ainda mantinha firme o dogma do geocentrismo, o conceito de "mundo" dos velhos gregos: outras existências cósmicas, noutras dimensões, e não planetas circulando no imenso espaço vazio do universo".

Toda esta discussão - disse - se manteve restrita às elites intelectuais da Europa, circulando através de livros escritos em Latim e debatida nas academias e universidades.

O académico acrescentou que foi preciso esperar pelo século XIX e pelas revistas de "conhecimentos úteis", como a Panorama, dirigida por Alexandre Herculano, para que o cidadão comum entrasse no debate, apercebendo-se por exemplo de que aquelas luzinhas no céu pertenciam a objectos concretos e não a símbolos da espiritualidade celeste.

"A identificação da existência de meteoros que rasgavam o céu impoluto e imutável das crenças comuns levou a perceber que a posição da Terra no Cosmos era muito diferente da até então aceite e que ela nada mais era do que um mundo entre milhões, em nada podendo considerar-se uma excepção", sustenta Joaquim Fernandes.

MSP.

Lusa/Fim


Estas novas revelações sobre o pensamento da Igreja em relação a mundos exteriores, ao longo dos séculos, são um pouco paradoxais, pois a imagem transmitida pela mesma em relação a estes assuntos foi totalmente oposta ao que aqui nos é dito. Claro que estas reflexões eclesiásticas sobre outros seres e mundos extraterrestres não terão sido unânimes no seio da instituição da Igreja Católica Romana, a mesma que queimou o visionário Giordano Bruno, por defender ideias semelhantes...

Fonte da notícia: LUSA em 2 de Abril de 2005.

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