#Aniversário...Hubble


Telescópio Espacial Hubble lançado há 15 anos

Hoje comemoram-se 15 anos sobre o dia do lançamento do telescópio espacial Hubble, que ocorreu a 24 de Abril de 1990, a bordo do vaivém Discovery. Baptisado com o nome do astrónomo que descobriu a expansão do Universo, este projecto da NASA, bastante ambicioso, mas sonhado há muitos anos, teve alguns contratempos logo na estreia das observações astronómicas fora da atmosfera terrestre. Um, aparentemente pequeno, erro na concavidade do espelho reflector, de 2,4 metros de diâmetro, resultou em que as imagens não tivessem a nitidez desejada. Mais tarde foi necessário corrigir esse erro em plena órbita. A partir desse momento o Hubble nunca cessou a sua observação do Cosmos, tendo feito milhares de espectaculares fotos, que jamais conseguiríamos captar a partir da superfície terrestre, devido à grande turbulência originada pela atmosfera. Infelizmente o tempo de vida do Hubble está a chegar ao fim, mas ainda continuará sobre as nossas cabeças por mais cinco anos, ao fim dos quais será substituído por outro telescópio espacial ainda mais capacitado que o anterior.

Particularidades do Hubble:
Lançamento - 24 de Abril de 1990
Órbita - 25 de Abril de 1990
Comprimento - 13,2 mt
Largura - 4 mt
Peso - 11 toneladas
Espelho - 2,4 mt de diâmetro
Altitude - 569 Km
Velocidade - 28000 km/h
Duração da órbita - 97 minutos

Consultado: Ciel&Espace nº419, Abril de 2005.
O Site: www.spacetelescope.org

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#Histórico...Novo Papa


Habemus Papam...

É o acontecimento do dia. A eleição do novo sumo pontífice da Igreja Católica, sucessor de João Paulo II e o 265º eleito na história. Nascido em Baviera, Alemanha, no ano de 1927, tendo completado 78 anos no passado sábado, Joseph Ratzinger, a partir das 17h42 desta tarde passou a ser conhecido como o Papa Bento XVI. Para a geração mais nova, na qual me incluo, é a primeira vez que se assiste à eleição de um papa. Infelizmente é apelidado de conservador, que não é de todo aquilo que faz falta à humanidade. Na questão muito específica do preservativo, a Igreja tem tido uma posição desfavorável à sua utilização, num ato que, tendo em conta a vida moderna e os problemas relacionados com o assunto, como a SIDA, poderemos apelidar de criminoso. O novo papa não vai ajudar em nada nesse aspecto. Pelo menos assim parece. Era este o novo papa profetizado por São Malaquias? Aqui fica o apontamento.

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#Aniversário...Morte de Einstein


50 anos depois...


Assinalam-se hoje os cinquenta anos sobre a morte do célebre físico e matemático, Albert Einstein (1879-1955). Por coincidência, também o ano em que se comemora o centenário da publicação das suas revolucionárias teorias, responsáveis pela transformação da física da época e início da física moderna. Motivada pela celebração desta data histórica, a Organização das Nações Unidas decidiu declarar 2005 como o ano internacional da física. Quando pensamos em Einstein, tal como acontece com Mozart, entre outros, "génio" é a única palavra que se enquadra melhor na sua definição. Mas o que é isso de ser génio?... Existirão pessoas com capacidades superiores ao comum dos mortais? É isso uma característica genética? OS responsáveis pela autópsia de Einstein pensavam que sim, quando guardaram o seu cérebro sem autorização do próprio e da família. Não estou bem certo, mas recordo-me de uma frase de sua em que dizia nunca ter deixado de fazer as perguntas de criança. Era essencialmente uma pessoa apaixonada pelo porquê das coisas. Neste caso o porquê de muitos dos fenómenos físicos. Infelizmente algumas grandes descobertas podem ter duas faces e acabar por ser utilizadas da pior forma. É óbvio estar a referir-me à invenção da bomba atómica, que ameaçou e ainda ameaça o futuro da civilização humana. O nosso cérebro, esse orgão tão fascinante e complexo, parece ter capacidade para quase tudo. Todos nós temos um, mesmo que por vezes não o pareça, igual ou muito semelhante ao de Einstein. Foi o pai de Charlie Chaplin que lhe disse, quando este lhe pediu um brinquedo, que o maior brinquedo de todos já ele tinha.

Ver: Grande Reportagem de 16 de Abril, vendida com o DN e com o JN. É interessante o texto de Joaquim Fernandes sobre a passagem de Einstein em Portugal.
Site: www.wyp2005.org

P.S. Estes últimos posts têm sido um pouco mórbidos...

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#Actualidade...João Paulo II


A Morte do Papa João Paulo II


Depois da última vidente de Fátima, é a vez de João Paulo II deixar o mundo terreno. O debilitado e sofrido estado de saúde de uma das personalidades mais carismáticas do século XX, já vinha anunciando há muito o acontecimento de 2 de Abril de 2005. Todo o mundo ficou centrado nos momentos pré e pós morte do Papa, que deixou para trás uma vida de entrega à defesa dos princípios cristãos, e tentativa de união e paz entre povos. Todos lamentam a morte daquele que ficará conhecido como o revolucionário da Igreja. É neste momento de tão grande mediatização em volta da morte do Papa Karol Wojtyla, nascido na Polónia a 18 de Maio de 1920, que a nossa atenção é chamada para o porquê das grandes religiões mundiais. Afinal que sentido faz tudo isto? Qual a função da Igreja Católica e das outras religiões do mundo? Estou a transmitir aqui a minha reflexão e opinião pessoal sobre este assunto, não pertendendo ofender a ninguém, mas apenas divulgar mais uma ideia entre tantas outras. Podemos fazer um exercício de pergunta/resposta a nós mesmos, tentando atingir o cerne das grandes questões da humanidade. Imaginemos uma entrevista fictícia entre duas personagens vindas de nenhures:

P - Ao longo de todos estes séculos, desde a sua expansão, contribuiu a Igreja Católica para a libertação e felicidade da humanidade?

R - Infelizmente não.

P - Porque diz isso?

R - A mensagem transmitida por Jesus, que foi responsável pela expansão da Igreja, não a modo individual, mas com a sua existência, não tem muito a ver com os resultados dessa mesma Igreja.

P - E que resultados são esses?

R - A Igreja acabou, ao longo deste tempo, por contribuir para um atrofiamento da mentalidade da sociedade Ocidental, sobre a qual estava centralizada. Um exemplo muito concreto disso são os tabus relacionados com o sexo, que ainda hoje prejudicam seriamente a nossa sociedade moderna. A Igreja acabou por funcionar como subjugadora e não como libertadora.

P - Porque aconteceu assim?

R - Aconteceu e ainda continua a acontecer assim com um pouco de tudo, porque, acima de tudo, somos seres humanos com grandes medos no nosso interior. A Igreja, ao longo dos séculos, fomentou o temor a Deus e ao Diabo, a cultura do pecado e do tabu. A meu ver isso não contrubuiu para uma libertação do indivíduo, mas sim para o seu atrofiamento e incapacidade de pensar de forma independente. Isso é algo que podemos verificar na própria história Ocidental. As grandes revoluções, como a francesa, caracterizaram-se sempre por uma luta contra o poderio, do qual a Igreja fazia parte.

P - É assim com todas as grandes religiões?

R - Acaba por ser. A religião Islâmica também funciona como forma de privação e subjugação do indivíduo. As grandes religiões acabam por funcionar como mais uma forma de poder sobre as massas populacionais.

P - Mas como é isso possível? No fundo, porque existem religiões?

R - Acima de tudo, porque o ser humano precisa de acreditar e agarrar-se a algo, seja o que for. Muitos apoiam-se na religião, outros em sonhos, outros em tipos de crenças diferentes e a maioria no material/dinheiro. O facto é que ninguém consegue ficar desgarrado. É um sentimento completamente normal, mas perigoso, pois tem como base o medo. Em toda a história humana houve sempre a criação do bem e mal, do dualismo, esse nosso modo de ver o mundo é um dos factores impulsionadores da génese religiosa. O culto de personalidades é outro fenómeno típico na religião. O ideal seria ouvir e raciocinar sobre as ideias de personalidades como Jesus e Buda e não admirá-los como estrelas de rock. Admirá-los pela coragem que tiveram em revolucionar o mundo.

P - Quer dizer então que a religião é totalmente dispensável?

R - No mundo nada é absoluto. Muitas pessoas encontraram a libertação e um apoio na religião, outras encontram o mesmo com outras coisas. Religiões como fenómeno imperialista são completamente desnecessárias. É comum condenarmos as pequenas seitas, mas que são as grandes religiões senão macro-seitas?... O importante é cada um pensar por si próprio e procurar a "religião" no seu interior. Acredito que a encontrará.

Coincidências numéricas interessantes

Por vezes ocorrem coincidências que nos fazem pensar um pouco mais nos bastidores do mundo conhecido, ou seja, no desconhecido. A vida de Wojtyla ficou marcada por algumas dessas coincidências. Passemos então aos números:

13 de Maio de 1981, 17h19m - Papa sofre atentado na Praça de S.Pedro. Sobreviveu de forma milagrosa, atribuindo posteriormente a sua salvação à Nossa Senhora de Fátima, pois coincidiu com a data da primeira aparição de Fátima na Cova de Iria, em 1917. Fátima, a partir desse momento, passou a ocupar um lugar especial no coração de João Paulo II.

Hora do atentado = 17h19m
Invertendo horas com minutos = 19h17m
Data das aparições de Fátima = 1917
Nome do criminoso = Mehmet Ali Agca = 13 letras

Data da morte = 2/4/2005 = 2+4+2+0+0+5 = 13
Hora da morte = 21h37m = 2+1+3+7 = 13
Idade da morte = 85 anos = 8+5 = 13

Há então uma série de coincidências numéricas em dois momentos importantes, o atentado e a morte do Papa, relacionadas com o número 13 e com Fátima. Dando agora um salto ao momento do falecimento da Irmã Lúcia, por coincidência no mesmo ano que João Paulo II, também existem curiosidades numéricas.

Dia da morte = 13 de Fevereiro (um dia 13)
Data da morte = 13/2/2005 = 1+3+2+2+0+0+5 = 13

Pura obra do acaso? Parece pouco provável. De certa forma o número 13 esteve ligado ás vidas de Lúcia e Wojtyla, número esse ligado a Fátima. Se quiser comentar, discordar ou concordar com o exposto neste post, não deixe de fazê-lo no espaço de comentários abaixo.

Consultado: Público de Domingo, 3 de Abril de 2005.

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#Notícia...Vida Extraterrestre


Igreja versus Extraterrestres


No mesmo dia em que João Paulo II acabou por falecer, a Lusa publicou uma interessante notícia baseada na tese de doutoramento do, já aqui falado, professor Joaquim Fernandes, um dos principais nomes da ovnilogia portuguesa. Aqui vos deixo então a notícia da Lusa na íntegra:

Igreja foi grande precursora na defesa de vida fora da Terra - investigador

Porto, 02 Abr (Lusa) - O professor universitário do Porto Joaquim Fernandes defende que a Igreja Católica foi quem mais advogou a existência de vida extraterrestre e de outros planetas habitados.

Esta é uma das conclusões da tese de doutoramento de Joaquim Fernandes, aprovada por unanimidade pela Faculdade de Letras do Porto e a primeira da Europa que aborda a visão histórica do Ocidente sobre a existência de outros mundos habitados.

Segundo o investigador, contactado pela Lusa, já no século XIII os bispos católicos, numa reunião em Paris, aceitavam que a existência de um único planeta habitado, a Terra, punha em causa o poder ilimitado de Deus.

Mais tarde, enquanto queimava estudiosos por defenderem que a Terra girava em torno do Sol, a mesma Igreja Católica continuava a aceitar que muitos outros mundos poderiam existir, habitados mesmo por seres que em nada se pareceriam com os terrestres.

O dogma de um Adão feito à imagem e semelhança de Deus caía assim por terra, face à aceitação, por numerosos teólogos, investigadores católicos e clérigos, de que os extraterrestres não precisavam de se assemelhar aos humanos.

"No século XVII, logo no arranque da Modernidade, a grande tese em debate era a da pluralidade dos mundos, discutindo-se não tanto a existência de extraterrestres mas sim se eles eram da linhagem adâmica [descendentes de Adão] ou se teriam características completamente distintas", refere Joaquim Fernandes.

"Em Portugal, nomes de religiosos como o jesuíta Inácio Monteiro ou o oratoriano Teodoro de Almeida aceitavam a existência de outros mundos habitados", afirmou o professor que, no entanto, chamou a atenção de que, nessa época, "a Igreja ainda mantinha firme o dogma do geocentrismo, o conceito de "mundo" dos velhos gregos: outras existências cósmicas, noutras dimensões, e não planetas circulando no imenso espaço vazio do universo".

Toda esta discussão - disse - se manteve restrita às elites intelectuais da Europa, circulando através de livros escritos em Latim e debatida nas academias e universidades.

O académico acrescentou que foi preciso esperar pelo século XIX e pelas revistas de "conhecimentos úteis", como a Panorama, dirigida por Alexandre Herculano, para que o cidadão comum entrasse no debate, apercebendo-se por exemplo de que aquelas luzinhas no céu pertenciam a objectos concretos e não a símbolos da espiritualidade celeste.

"A identificação da existência de meteoros que rasgavam o céu impoluto e imutável das crenças comuns levou a perceber que a posição da Terra no Cosmos era muito diferente da até então aceite e que ela nada mais era do que um mundo entre milhões, em nada podendo considerar-se uma excepção", sustenta Joaquim Fernandes.

MSP.

Lusa/Fim


Estas novas revelações sobre o pensamento da Igreja em relação a mundos exteriores, ao longo dos séculos, são um pouco paradoxais, pois a imagem transmitida pela mesma em relação a estes assuntos foi totalmente oposta ao que aqui nos é dito. Claro que estas reflexões eclesiásticas sobre outros seres e mundos extraterrestres não terão sido unânimes no seio da instituição da Igreja Católica Romana, a mesma que queimou o visionário Giordano Bruno, por defender ideias semelhantes...

Fonte da notícia: LUSA em 2 de Abril de 2005.

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