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A Morte do Papa João Paulo II


Depois da última vidente de Fátima, é a vez de João Paulo II deixar o mundo terreno. O debilitado e sofrido estado de saúde de uma das personalidades mais carismáticas do século XX, já vinha anunciando há muito o acontecimento de 2 de Abril de 2005. Todo o mundo ficou centrado nos momentos pré e pós morte do Papa, que deixou para trás uma vida de entrega à defesa dos princípios cristãos, e tentativa de união e paz entre povos. Todos lamentam a morte daquele que ficará conhecido como o revolucionário da Igreja. É neste momento de tão grande mediatização em volta da morte do Papa Karol Wojtyla, nascido na Polónia a 18 de Maio de 1920, que a nossa atenção é chamada para o porquê das grandes religiões mundiais. Afinal que sentido faz tudo isto? Qual a função da Igreja Católica e das outras religiões do mundo? Estou a transmitir aqui a minha reflexão e opinião pessoal sobre este assunto, não pertendendo ofender a ninguém, mas apenas divulgar mais uma ideia entre tantas outras. Podemos fazer um exercício de pergunta/resposta a nós mesmos, tentando atingir o cerne das grandes questões da humanidade. Imaginemos uma entrevista fictícia entre duas personagens vindas de nenhures:

P - Ao longo de todos estes séculos, desde a sua expansão, contribuiu a Igreja Católica para a libertação e felicidade da humanidade?

R - Infelizmente não.

P - Porque diz isso?

R - A mensagem transmitida por Jesus, que foi responsável pela expansão da Igreja, não a modo individual, mas com a sua existência, não tem muito a ver com os resultados dessa mesma Igreja.

P - E que resultados são esses?

R - A Igreja acabou, ao longo deste tempo, por contribuir para um atrofiamento da mentalidade da sociedade Ocidental, sobre a qual estava centralizada. Um exemplo muito concreto disso são os tabus relacionados com o sexo, que ainda hoje prejudicam seriamente a nossa sociedade moderna. A Igreja acabou por funcionar como subjugadora e não como libertadora.

P - Porque aconteceu assim?

R - Aconteceu e ainda continua a acontecer assim com um pouco de tudo, porque, acima de tudo, somos seres humanos com grandes medos no nosso interior. A Igreja, ao longo dos séculos, fomentou o temor a Deus e ao Diabo, a cultura do pecado e do tabu. A meu ver isso não contrubuiu para uma libertação do indivíduo, mas sim para o seu atrofiamento e incapacidade de pensar de forma independente. Isso é algo que podemos verificar na própria história Ocidental. As grandes revoluções, como a francesa, caracterizaram-se sempre por uma luta contra o poderio, do qual a Igreja fazia parte.

P - É assim com todas as grandes religiões?

R - Acaba por ser. A religião Islâmica também funciona como forma de privação e subjugação do indivíduo. As grandes religiões acabam por funcionar como mais uma forma de poder sobre as massas populacionais.

P - Mas como é isso possível? No fundo, porque existem religiões?

R - Acima de tudo, porque o ser humano precisa de acreditar e agarrar-se a algo, seja o que for. Muitos apoiam-se na religião, outros em sonhos, outros em tipos de crenças diferentes e a maioria no material/dinheiro. O facto é que ninguém consegue ficar desgarrado. É um sentimento completamente normal, mas perigoso, pois tem como base o medo. Em toda a história humana houve sempre a criação do bem e mal, do dualismo, esse nosso modo de ver o mundo é um dos factores impulsionadores da génese religiosa. O culto de personalidades é outro fenómeno típico na religião. O ideal seria ouvir e raciocinar sobre as ideias de personalidades como Jesus e Buda e não admirá-los como estrelas de rock. Admirá-los pela coragem que tiveram em revolucionar o mundo.

P - Quer dizer então que a religião é totalmente dispensável?

R - No mundo nada é absoluto. Muitas pessoas encontraram a libertação e um apoio na religião, outras encontram o mesmo com outras coisas. Religiões como fenómeno imperialista são completamente desnecessárias. É comum condenarmos as pequenas seitas, mas que são as grandes religiões senão macro-seitas?... O importante é cada um pensar por si próprio e procurar a "religião" no seu interior. Acredito que a encontrará.

Coincidências numéricas interessantes

Por vezes ocorrem coincidências que nos fazem pensar um pouco mais nos bastidores do mundo conhecido, ou seja, no desconhecido. A vida de Wojtyla ficou marcada por algumas dessas coincidências. Passemos então aos números:

13 de Maio de 1981, 17h19m - Papa sofre atentado na Praça de S.Pedro. Sobreviveu de forma milagrosa, atribuindo posteriormente a sua salvação à Nossa Senhora de Fátima, pois coincidiu com a data da primeira aparição de Fátima na Cova de Iria, em 1917. Fátima, a partir desse momento, passou a ocupar um lugar especial no coração de João Paulo II.

Hora do atentado = 17h19m
Invertendo horas com minutos = 19h17m
Data das aparições de Fátima = 1917
Nome do criminoso = Mehmet Ali Agca = 13 letras

Data da morte = 2/4/2005 = 2+4+2+0+0+5 = 13
Hora da morte = 21h37m = 2+1+3+7 = 13
Idade da morte = 85 anos = 8+5 = 13

Há então uma série de coincidências numéricas em dois momentos importantes, o atentado e a morte do Papa, relacionadas com o número 13 e com Fátima. Dando agora um salto ao momento do falecimento da Irmã Lúcia, por coincidência no mesmo ano que João Paulo II, também existem curiosidades numéricas.

Dia da morte = 13 de Fevereiro (um dia 13)
Data da morte = 13/2/2005 = 1+3+2+2+0+0+5 = 13

Pura obra do acaso? Parece pouco provável. De certa forma o número 13 esteve ligado ás vidas de Lúcia e Wojtyla, número esse ligado a Fátima. Se quiser comentar, discordar ou concordar com o exposto neste post, não deixe de fazê-lo no espaço de comentários abaixo.

Consultado: Público de Domingo, 3 de Abril de 2005.

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